quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

POEMAS DE NOSSA TERRA




Estamos abrindo um espaço para homenagear nossos escritores.



Um velhote franzino e desengonçado, trajando uma veste semelhante a uma túnica, que um dia fora branca, mas que no momento estava cor de terra, carregando um imenso ovo entre os braços com muito esforço, encolheu-se e enfiou-se dentro de um buraco estreito, situado em um ponto de uma montanha.
Lá dentro era oco e formava uma espécie de sala, onde na verdade era o laboratório desse velhote tristonho, chamado Rude... cientista Rude.
...
Esbaforido, Rude repousou cautelosamente o ovo em uma mesa retangular, forrada por folhas secas e gravetos, onde um cima, no teto, existia um a lâmpada  com formato de cilindro, que fora uma de suas criações, gerada por meio de raios solares, que mesmo estando à noite, podiam continuar acesas, graças a um método de armazenamento de luz. E não demorou muito, o ovo começou a trincar sobre  a mesa de pesquisas...
 
Trecho do livro "Águia assassina" de Warley Torres.





Estamos no Aeroporto Internacional de Chicago, chamado O”Hare, (Chicago O”Hare International Airport), bem na entrada existe uma placa, no mínimo  curiosa, onde se lê “Welcome to the land of Al Capone”.

São 17:05 hs, do dia 31 de outubro de 1994.
Somos um grupo de 11 brasileiros, acabamos de chegar de Miami...
...  Em Chicago mudamos de aeronave, para seguirmos viagem até a cidade de Minneapolis, no Estado de Minnesota, já divisa com o Canadá. Já estamos todos acomodados no avião, sentei-me ao lado de uma senhora que aparentava ter 50 anos, o meu inglês é de iniciante, e esta é minha primeira viagem aos EUA...
De repente, todos notamos que está havendo uma demora maior do que a  normal, para a decolagem. Escutamos pancadas, e depois fomos informados, que houve um pequeno problema com um dos compartimentos de bagagem da aeronave.
Já estamos com mais de uma hora de espera. O avião não decola, alguns passageiros demonstram inquietação. De repente, aproxima-se uma aeromoça e pede para ver o meu ticket de embarque, mostro-lhe, ela confirma que estou na poltrona correspondente ao marcado no ticket, mas, mesmo assim, pede que a acompanhe, pois existe um outro passageiro com o seu ticket marcando a mesma poltrona que a minha.
Acompanho a aeromoça até fora, e no balcão da Companhia American Airlines, recebo outro ticket, agora, com outro número de poltrona. Sento-me ao lado de um senhor de aparência fidalga, vestido com um terno de estilo europeu, cabelos grisalhos, e que  me inspirou uma sensação de muito respeito e consideração.
Cumprimento levemente, com um aceno de cabeça, o  Senhor de aparência aristocrática, e pronuncio no meu inglês não muito perfeito, “I am sorry”, e ele responde, “Eu também sou brasileiro, muito prazer em conhecê-lo.”!
Noto um forte sotaque de quem mora há muito tempo na Europa, nas palavras daquele homem, que me parece ter mais de 70 anos, mas, me parece muito lúcido, robusto e muito saudável.
Apesar de sua aparência de um Estadista, ou até mesmo de um Rei, consigo ficar bem à vontade ao seu lado, e com espanto respondo afirmativamente quando ele pergunta se sou professor. Digo-lhe que sim , Professor de História. Mais surpreso ainda, ficou quando ele fala de maneira determinada,
‘Já é tempo de se fazer um resgate da imagem de D.Pedro II. É necessário fazer uma reparação histórica, visto que D. Pedro II foi injustiçado’, continua falando o passageiro ao meu lado.
Depois de um breve silêncio, continua ele, ‘O Brasil deve uma reparação histórica ao seu melhor e mais culto governante, e que foi banido do Brasil, de maneira tão injusta e humilhante.”
Conversamos mais um pouco, na verdade, eu muito atento ao que dizia o meu ilustre e intrigante companheiro de viagem,  só consegui pronunciar algumas palavras, sempre concordando com as suas afirmativas...

Trecho de “A Maldição do Imperador” de Francisco Luiz Soares.

Eu vim colaborar
Em uma sexta-feira, por volta de onze horas da manhã, a campainha tocou, e uma senhora muito bem vestida, um tipão alto vistoso e muito sorridente, pediu para conversar comigo um tempinho. Entrou  e foi direto ao assunto, dizendo:
_ “Vim colaborar com uma história bem picante, para tornar seu livro mais interessante, pois um conto sem amor é bem insosso, não acha?”
A “historinha” era um espanto, revelando o romance dela com um senhor, também casado e bem conceituado na cidade.
Num dado momento, constrangida, interrompi a narrativa, apresentando-me como amiga da esposa traída.
Sem perder o jeito, ela prosseguiu a contar, pois desejava, acima de tudo, que seu romance belíssimo ficasse registrado em um livro.
A curiosidade de escritora me deixou ouvir todos os detalhes: encontros, horários, desculpas usadas, vinhos, perfumes, músicas e versos... todas as formas e requintes do romance vivenciado.
Chico Anísio parece mesmo ter razão:
“Não importa o tamanho, mas sim, a competência”!

Crônica do Livro Me larga eu juro que não fui eu! De Onilza Braga.

Solitude
Já soara a muito as doze badaladas que encerram um dia para dar início a outro. Já não podia se lembrar a quanto tempo estava ali sentado à beira da janela, de frente para a rua, deserta, fria, escura, silenciosa. Propícia a vagabundagens e coisas perdidas. Atos ilícitos. Sobre a penumbra, a sombra que encobre, esconde, camuflam seres de hábitos noturnos, zumbis.
Sobre a mesa, folhas de papel em desalinho, rascunhos de textos inacabados, frases soltas, retalhos de uma obra-prima que nunca terminava. Nem terminaria. Onde fora parar sua inspiração? Escritor medíocre, enganador, uma farsa. O cinzeiro cheio de bitucas de cigarros a impregnar o ambiente, garrafa de uísque barato e copo sujo completavam o cenário e a morbidez do local.
Queria reagir, levantar-se, tomar um banho, fazer a barba, cortar as unhas, escovar os dentes, com capricho e alguns cuidados básicos até poderia voltara ser um ser apresentável. Há quanto tempo entrara naquele estado de letargia?
Uma corrente de ar entrou pela janela e fez seu corpo cansado se contrair em um longo arrepio, o cheiro da noite o comovia, não conseguia bem explicar porque, mas amava a noite e odiava o dia. Ainda devia ter uma garrafa fechada, largada em algum canto do pequeno apartamento, entre a desordem. Com esforço sobre humano levantou-se, deu uma olhada rápida em sua volta. Precisava contratar uma faxineira, talvez em quinze dias,  trabalhando rápido, ela pudesse colocar as coisas em ordem.
Procurou por entre as coisas armazenadas no velho armário de fórmica, encontrou-a no canto, entre panelas sujas e amassadas, abriu ali mesmo e deu um longo gole, o líquido amarelado e quente desceu queimando tudo, dando um novo ânimo, era reconfortante.
Seu editor havia lhe dado um prazo para terminar o romance que começara a escrever há dois anos. Se não terminasse logo o contrato seria cancelado. O problema é que já havia gasto um terço do que recebera antecipadamente pela “Obra”.
Tinha o argumento em sua cabeça, mas ao se sentar diante da velha máquina para tamborilhar as teclas e gravar no papel amarelado, as palavras lhe fugiam, entrava em pânico ao ver aquela folha em branco na sua frente.
Estava escrevendo uma história de amor, dessas que o ser humano ainda insiste em acreditar que existe. Por que o ser humano necessitava tanto se iludir? Por que insistir em se alimentar de frases compostas, juntadas para contar histórias de amor que conscientemente sabiam se tratar de histórias da carochinha? Imbecilidade humana. Almas incongruentes. Exasperava-se com as atitudes das pessoas ao seu redor, como podia ser tão bitoladas?
Há dez anos entenderia melhor, também já tivera seus momentos de tolo romantismo, numa época em que a insensatez da juventude permitia algum excesso. Hoje, mais maduro, consciente, ria-se da ingenuidade, das promessas fúteis que nunca iria cumprir,  das juras de amor que nunca se realizariam, das mentiras contadas em momentos de entrega ao prazer. Juras falsas, faladas e ouvidas com o simples objetivo de “se dar bem”, ou ficar bem.
Olhou novamente para rua, ainda deserta, ainda mais fria. Acendeu outro cigarro, precisava parar, já sentia os efeitos que a droga lícita lhe causava depois dos vinte anos de veneração.
Sentou-se novamente a máquina, precisava começar logo a escrever, o dia ia surgir em algumas horas e precisaria dormir.

Crônica do Livro Reencontro de Luciano de Assis.

VIVER É SABER
Quem sabe apreciar o mundo
Deve saber acreditar,
Amar os outros como a si próprio
E o mal pra ninguém desejar.

O sol nasceu pra todos,
Todos têm que aproveitar;
Andar como está escrito na lei,
Com os homens que mandam,
Não devemos abusar.

Para nosso Brasil ir pra frente,
Todos têm que trabalhar.
Os pais de família para serem corretos,
Tem que por seus filhos para estudar.
O estudo é uma fonte de riqueza
Que ninguém poderá tomar.

Francisco Leite de Brito (Risadinha)

FASES DA MATERNIDADE

A maternidade tem fases
bem distintas e interessantes
para o bebê no bercinho
a mãe é a rainha
encantadora e emocionante

Ao dar os primeiros passos
a mãe é guardiã
pode tropeçar a vontade
 os braços abertos                                                                                                               e equilibrados
acolhe o pequeno afoito
com esmerada qualidade.

Quando chega a pré escola
a super mãe aparece
uniforme, lanche, mochila
tudo a tempo e a hora
e no final da escolinha
abraça o pequeno gênio
que a tem como rainha.

A infância corre solta
e as travessuras a contento
a mamãe que é sabida
para tudo está atenta
seca a lágrima que cai
sopra,sopra o esfolado
e acolhe em seu peito
o choro e o melado.

A adolescência é desafio
e a mãe perde a vez
para a TV, o celular
e tudo que o mundo fez
elogio é breguice
que mulher ultrapassada!
a galera não entende
as ideias do passado.

A juventude é urgente
tudo tem que ser pra ontem
e a mãe vira do avesso
pra atender a qualquer preço
a necessidade estampada
no rosto intrigado
do filho ousado
que cresceu de repente.

Quando chega a meia idade
a mãe está mais lenta
em atitude e pensamento
o filho agora formou
aprendeu a questionar
até o jeito do outro olhar
e a guardiã do passado
que era tão admirada
se torna para o filho amado
uma tese superada.

E olha que já imagino
como será na velhice
quando os sentidos faltarem
e visitar a caduquice
a rainha que embalou o berço
vai embalar novamente
os netinhos no começo.

(Ana Lúcia F. Paula  31 -12 -13)


HOMENAGEM

No mês de julho de 2014
o Brasil recebeu do céu
um comunicado urgente:
Preciso de dois escritores renomados
para compor a Biblioteca Celeste.
Eles nem pestanejaram
fecharam os olhos na terra
e os abriram no céu

Rubem Alves foi na frente
nem precisou bater na porta
pois a beleza dos seus versos
foi  abrindo o caminho
como um facho de luz
que culminou quando encontrou
o olhar terno de Jesus

Ariano Suassuna  que entrou em seguida
procurou sua admirável donzela
que chamou de Compadecida
Foi assim, de mãos dadas
com a Virgem Maria
que ele assumiu o céu
tão descrito nas páginas de sua vida.

(Ana Lúcia F. Paula 23 -07 -14)

(Minha humilde homenagem a dois ilustres escritores que foram escrever no céu.)



QUE JAMAIS ME FALTE

Que jamais me falte a lucidez
aquela que permeia meus versos
de carinho e sensatez
que me eleva a alma
e me faz participante
do mundo das letras
do pensamento operante

Que jamais me falte a sensibilidade
para enxergar a realidade
e tocá-la com as rimas
transformando as asperezas                                                                                       em pequenas obras primas
que preenchem os corações
de profunda leveza

Que jamais me falte a caridade
ao descrever o ser
na sua integridade
pra que ele veja
através de meus versos
o seu maior tesouro - a liberdade
e seja feliz assim - com responsabilidade

Que jamais me falte a realeza
não a dos tronos e dos principados
mas a da simplicidade
dos nomes
da singularidade
da pessoa humana
da humanidade

Que jamais me falte
o senso poético
e ao receber um elogio
 não assuma uma atitude patética
mas saiba reconhecer
na humildade
que escrever é um dom
é  presente da eternidade.

Que jamais me falte                                                                                                      a integração
em ação comunitária, em mutirão
que a poesia seja uma prática
no coração e na vida
um bálsamo que suaviza
o labor do dia a dia
só assim será acolhida
como uma pérola merecida.

Que jamais me falte
a visão do alto
que plenifica a fé,
a vida e o ser
que dinamiza o dias
num profundo crescer
e me faz acreditar
que aqui é uma amostragem singular
do Bem Maior que vai chegar.

(Ana Lúcia F. Paula - 27 – 07- 14)


.
LIVRO

Quero falar de um livro
especial e diferente
não é feito de papel
nem costurado                                                                                                    com linha de carretel
não é datilografado
muito menos digitado.

Esse livro que eu falo
não tem código de barras
não tem rascunho
não tem preço
não  precisa de adereço
não pode ser comercializado.

Esse livro que eu falo
tem sonhos, limites,
e muita emoção
não é escrito no papel
mas nos liames do coração.
esse livro sai de si
cria, recria e transforma
e de forma pessoal
constrói sua história.

Outro dia eu falei
com esta obra especial:
filho, muita atenção
você é um livro do viver
que todo mundo lê
dos simples aos mais letrados
de todos, sem exceção.

Seja simples e sincero
solidário e discreto
não perca a singeleza
acolha a todos com presteza
seja sinal neste mundo
da ausente delicadeza.

Para mim você é o livro
mais especial que existe
pois enriquece meu universo
minha vida enobrece
e não deixa meu coração triste.

Se um dia Deus me der
 a honra de conhecer
a  Academia de Letras do céu
vou dizer com alegria
e profunda gratidão
tenho quatro livros lindos
criados por suas mãos.

( Ana Lúcia F. Paula -04-11-14)


A TREZE DE MAIO,
DO ANO DE 1970, A BIBLIOTECA PÚBLICA, COMEÇOU A FAZER PARTE, DA HISTÓRIA DE NOVA SERRANA!

VOCÊS SÃO TODOS, BEM VINDOS! À COMEMORAÇÃO DO QUADRAGÉSIMO QUINTO ANIVERSÁRIO, DA BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL AURÉLIO CAMILO!

Abençoado é o mês de Maio!
Hoje, comemoramos o Aniversário
De nossa Biblioteca, em grande estilo,
Com o nome do saudoso, Aurélio Camilo!

A Biblioteca cresce, a cada dia,
Para todos é uma alegria!
Com a Márcia, Coordenadora!
Nossa equipe, se aprimora, e sempre melhora!...

Na humanização e eficiência no atendimento,
A toda gente, que aqui vêm, a todo momento!
Para ler, se informar, estudar, pesquisar,
Ou para os livros emprestar!

A Biblioteca é bem jovem!
Só 45 anos tem!E muita cultura também!
Conta com acervo, diversificado de informação,
Que agrada a criança, ao jovem e ao ancião!

Quer estudar? Quer pesquisar?
Quer ler jornais?Aqui tem, antigos e atuais!

A boa leitura enriquece,
A mente, e a alma aquece!
Aqui estamos para ajudar,
O livro certo, você vai encontrar!

Hoje é dia de alegria!
De Parabéns! Música, história e poesia!
Dia de GRAÇAS A DEUS a gente ofertar!
Vamos todos, celebrar e cantar!
A presença de todos, agradecemos de coração!
E a DEUS nossa Eterna Gratidão!
Vamos com, alegria, unir nossas vozes: Em um Sonoro e Grande Viva!
À Biblioteca  Pública Municipal de Nova Serrana!VIVA!E PARABÉNS!!!

Bernardete de Lourdes Fonseca-Nova Serrana,13.05. 2015.


Extirpando tumores

Tenho uma pequena história muito engraçada para contar sobre o Dimas. Eu era bem pequena, mas me lembro muito bem.
Uma noite acordei com uma terrível dor de ouvido. Quando o dia amanheceu, minha mãe me levou ao sindicato e o médico examinou meu ouvido e constatou que eu estava com um pequeno tumor; alegando que não havia recurso para descobrir do que se tratava, transcreveu uma guia me encaminhando para Belo Horizonte.
Voltamos para casa com um problema ainda maior. Eu chorava com dor no ouvido e minha mãe de preocupação. Sem dinheiro e sem conhecer nada em Belo Horizonte, tudo ficava mais difícil.
Minha bisavó aconselhou meus pais a me levarem à farmácia do
Dimas, dizendo que ele era melhor que qualquer médico. Voltamos para Nova Serrana e a dor aumentava ainda mais, quando me lembrava das famosas injeções do Dimas. Tremi toda quando ele puxou minha orelha dizendo:
- Antes de casar sara!
Depois de examinar bem com uma lanterninha, pegou uma pequena pinça e com muito jeito enfiou bem no fundo do meu ouvido, tirando o “tumorzinho”, dizendo com aquele jeito maroto:
- Esse médico está precisando urgente de óculos.
Sabem o que era o pequeno tumor? Um grão de milho de pipoca que aproveitou aquela pequena pontinha para fincar bem no fundo do meu ouvido.
Voltamos para casa livres do problema. Minha mãe até já sabia de cor o que iria ouvir da minha bisavó:
- Eu não que o Dimas iria resolver o caso?Se tivessem levado a ele primeiro teriam ficado livres mais depressa.
Esta é uma história contada por Viviane Aparecida Oliveira, e faz parte de uma coletânea do livro “Simplesmente Dimas”, de Iraci Antônio de Lacerda, Maria da Conceição de Freitas e Maria Aparecida Lacerda Ferreira. O livro se encontra disponível em nossa biblioteca. Venham conferir mais dessas histórias.

SINTO BEM ASSIM

Seus olhos tão lindos
Para mim sorrindo
Foi me envolvendo.
Eu não percebia
Que você sorria
Por me ver sofrendo.

Eu imaginava
Que você me amava
E me apaixonei.
Tantas coisas fiz
Pra te ver feliz
O porquê eu não sei!

O que eu fazia
Não me agradecias
Como me enganei!
Eu te amei tanto
E vejo com espanto
Que de ti não sei.

Você vem agora
Dizendo que chora
A falta de mim.
Não estou ligando
Continue chorando
Sinto bem assim.

Posso estar errado,
Mas o seu passado
Feriu-se demais.
Amo o seu sorriso
No entanto eu preciso
Um pouco de paz.

Geraldo Andrade (Goiano)

"POESIA"
Poesia é vida em minha vida
Com a mais profunda expressão
Quero uma estrada só de ida
Que leve à Fonte de Inspiração.
A poesia também é uma arte
Para aqueles que sempre amam.
Perto, longe e em toda parte,
Me elogiam e também me difamam.
O pulsar universal constante
Que dá vida em minha vida.
Me faz querer a todo instante
Uma vida bem menos sofrida.
O meu olhar ponho a espiar
O azul anil no céu sem fim
Espio também a vida a criar
Linda poesia dentro de mim
Da vida eu ouço as palmas
Aplaudindo a minha poesia
Ouço também a minha alma
Cantando com muita alegria.
Só é poesia quem sofre e sente,
Quem vive e, às vezes, vegeta.
Em minha vida sinto presente
Uma inspiração muito repleta.
O poeta não procura a poesia
Porque dentro dele, ela vive.
Ama a noite, a tarde, o dia,
E com a natureza ele convive.

IMPOSSÍVEL
Eu quero o impossível
Quero um mundo diferente,
Viver contente
Viver do seu lado para sempre
Por que quem ama sente e não mente;
Não quero mais viver na solidão
Não quero que o nosso amor pareça uma canção.
E quase sempre parecer uma lição
Eu quero o impossível
Quero que você fique comigo,
Quero ter você só para mim...
Meu coração já está cansado de te
Esperar, ele está doente, carente;
Quando é que você Avaí começar
A me enxergar.
E se entregar?
O que quero é impossível
Quero que você sinta tudo,
O que sinto;
Quero seu amor sem diferenças
Quero teu amor, vem pra mim...
Eu quero o impossível,
Mas tenho fé no coração
Que possa tornar possível
Pois ficar assim longe de você,
É impossível.

Do livro Coisinhas de Adolescente de Cleolena Maria de Oliveira e Vanderleia Santos Alves


DISTANTE DE TI
Aqui na distância
Não consigo te esquecer,
Pois na minha louca ânsia
O que eu quero é te ver.

Quando finda o dia,
Dando lugar ao luar,
Finda também minha alegria,
Distante do teu olhar.

Meus olhos ficam rasos
E, se as lágrimas deles rolam,
Não é meramente por acaso
Que eles tanto choram.

Se tu estivesses por perto,
Dando-me o teu carinho,
Eu não sentiria o deserto
Deste meu triste caminho.

É que eu te abandonei
Por temer teu amor,
E o quanto te magoei,
Sinto hoje em minha dor.

De ter-te distante
Toda vez que te desejo,
Com teu jeito excitante
Pra de ti ganhar um beijo.

Tadeu Lobo







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